quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Concurso Público do Ministério do Planejamento 2009

Segue reportagem de jornal eletrônico FOLHA DE BOA VISTA sobre a prova da FUNRIO realizada em 11 de outubro de 2009 na cidade de  Boa Vista:
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A prova organizada pela Funrio (Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência) para o concurso público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com vagas ao cargo de Analista Técnico-Administrativo, foi cancelada após denúncias de indícios de fraude. Ela seria realizada na manhã de ontem na escola estadual Monteiro Lobato, mas os candidatos não a fizeram por perceberem que tinham sido fotocopiadas e ainda pela demora incomum na entrega.


A lisura das provas ao cargo de Nível Superior foi questionada pelos 17 candidatos presentes, que chamaram a imprensa e a Polícia Federal para denunciar. O início da prova estava previsto para as 7h da manhã, mas ela só começou a ser entregue por volta das 8h30. Em outros estados do País, a prova ocorreu normalmente, no horário de Brasília.


Os candidatos denunciaram o caso à Polícia Federal e solicitaram a nulidade da prova também nos demais estados brasileiros em que foi aplicada. Eles narraram que, por duas vezes, o coordenador Carlos Ximenes disse que a prova seria cancelada. “Primeiro ele falou que as provas não vieram no malote junto às de Ensino Médio e que estavam aguardando chegarem no Voo Log, em avião da Gol. Isso nós achamos estranho porque não existe esse voo essa hora da manhã”, comentou Leilane Teixeira, administradora.


Nos relatos, os candidatos disseram que o coordenador perguntou se eles ainda queriam fazer a prova, mesmo com o atraso. Os alunos aceitaram e a prova foi entregue primeiro em três das quatro salas em que eles estavam assentados. Os primeiros a receberem verificaram a inconsistência da prova e começaram a questionar e a se exaltara. No final, a coordenação resolveu cancelar a prova.


“Recebemos ela ainda quentinha e verificamos, de cara, que tinha sido xerocada. Um absurdo. Como iríamos acreditar que a prova era mesmo segura?”, questionou o bancário André Medeiros.


Ao discutirem ao lado de fora da escola, os candidatos se admiravam com o cartão-resposta levado por um deles. O documento estava com os números ilegíveis e o nome do candidato não era identificado pela instituição, como de costume em todos os concursos realizados nos últimos tempos.


Os candidatos exigiram que os responsáveis fizessem uma ata explicando o acontecido e, depois de longa espera, ela foi apresentada com os seguintes dizeres: “Por falta de prova, foi dada prova extra aos candidatos e por essa prova não ser personalizada e com atraso, os candidatos se recusaram a fazer a prova mesmo com garantia que não seriam prejudicados com o tempo de prova”. E assina como coordenador José Fernandes Martins.


Zaíra Rodrigues, contadora, disse que questionou o motivo por que a coordenação não informou na ata o tempo do atraso na entrega das provas. “Nós não concordamos com o exposto na ata e apenas um candidato a assinou, por isso o acordo não tem validade”, concluiu.


Um agente da Polícia Federal entrou na escola para ouvir a coordenação sobre a situação. A equipe de reportagem da Folha o acompanhou, mas o coordenador negou-se a se pronunciar diante da imprensa, dizendo que não tinha competência para isso. À tarde, ele disse apenas que os candidatos não iriam sair prejudicados.


O agente da PF contou que a informação prestada foi de que as provas teriam sido enviadas por e-mail e o cartão-resposta seria corrigido manualmente, caso não pudesse ser feito pelo leitor óptico.


O delegado da Polícia Federal, Márcio Borges, esteve depois no local e convocou os coordenadores do concurso e os candidatos para prestarem depoimento às 18h, na sede da PF, e esclarecerem os fatos. Aos coordenadores, foi pedido que levassem as provas. Márcio Borges adiantou que iria apurar os fatos e encaminhá-los para a Polícia Federal, em Brasília, e à Fundação para que tomem as providências cabíveis.


NÍVEL MÉDIO – A Folha apurou que, à tarde, não houve problemas com as provas de Nível Médio, ao cargo de agente administrativo, realizadas em várias escolas da Capital.
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